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ALDEIA DE FAZAMÕES

FAZAMÕES É UMA ALDEIA DA FREGUESIA DE PAUS CONCELHO DE RESENDE DISTRITO DE VISEU

ALDEIA DE FAZAMÕES

FAZAMÕES É UMA ALDEIA DA FREGUESIA DE PAUS CONCELHO DE RESENDE DISTRITO DE VISEU

CEREJEIRAS EM FLOR

28.07.08, JORGE C RAMOS

 

 

 

 

 

 

   Com o começo da Primavera, as árvores começam a despertar da hibernação provocada pela rigidez do Inverno, e  iniciam a decoração da paisagem através da sua floração. Existe pouca variedade de árvores de fruto, destacando-se a cerejeira, árvore que actualmente tem uma grande implantação na freguesia e na própria aldeia, tendo nos últimos anos aumentado significativamente o cultivo deste fruto, transformando assim a paisagem e substituindo o verde dos campos pela beleza das suas flores, parecendo autênticos jardins.

EIRAS DE FAZAMÕES

24.07.08, JORGE C RAMOS

 

     As eiras são espaços terréos, mais ou menos planos, que serviam para a realização de vários trabalhos, entre outros, a secagem dos cereais cultivados na aldeia e também como espaço de convívio, com bailes principalmente. A eira da Baloita, situada mesmo junto à taberna, surge como um exemplo conhecido entre as pessoas de Fazamões. Mas era na vertente agrícola que as eiras tinham mais utilidade pois era na eira que se malhava o milho e o trigo, se estendia o soalheiro (cereais que ficavam durante o dia a secar, antes de serem malhados) e também as medas de trigo, à espera que chegasse a malhadeira.

     Todos os habitantes tinham espaços reservados nas várias eiras existentes na aldeia, contabilizando no total seis eiras, faltando nas fotos abaixo mostradas, a eira do Miguel e a eira da Cál. Ambas eram pouco utilizadas para os fins descritos anteriormente.

     As eiras eram assim espaços muito importantes para todos os agricultores, pois serviam de apoio para a realização de inúmeros trabalhos agrícolas.

  

EIRA DA FORMIGA EIRA DO MORENO ANTIGA TABERNA(EIRA DA BALOITA) EIRA DA PUNHÉL

      EIRA DA FORMIGA          EIRA DO MORENO               EIRA DA BALOITA           EIRA DA PINHÉL

A IDA PARA A SRA DOS REMÉDIOS

23.07.08, JORGE C RAMOS

 

     Aproxima-se o dia 7 de Setembro, dia conhecido em Fazamões como o dia da ida para a Sra. dos Remédios. Este dia nunca passava despercebido; desde muito cedo que começavam a passar pessoas vindas dos lados de Resende e Felgueiras, com destino a Lamego, quase convidando os habitantes de Fazamões para também eles se juntarem à festa que ficava a umas três horas de caminho. Depois de um dia de trabalho árduo, lá iam mais uns quantos à noitada para regressarem na tarde do dia seguinte.

APANHA DA CASTANHA

22.07.08, JORGE C RAMOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Com a chegada do Outono, começa a apanha da castanha cuja queda é provocada pelo vento que se começa a notar nesta altura do ano. É uma grande ajuda para os ouriços começarem a cair do castanheiro, embora alguns ouriços abram na própria árvore, caindo só a castanha. Assim é mais fácil apanhá-la. É um trabalho difícil de executar porque os ouriços têm de ser pisados para abrirem e depois, com as mãos, a castanha tem de ser apanhada,dando origem a algumas picadelas, tornando-se um trabalho pouco rentável devido ao tempo que se perde.

MONTE DE S. CRISTOVÃO

22.07.08, JORGE C RAMOS

   O monte de S. CRISTÓVÃO é um local onde, todos os anos, no dia 25 de Julho, se realiza a festa religiosa em simultâneo com a feira de gado, com uma grande afluência das populações vizinhas. É um ponto privilegiado para desfrutar da beleza da sua paisagem, considerando a sua altitude, perdendo-se o olhar no horizonte.

   S. CRISTÓVÃO é também um ponto de referência, no que toca às condições meteorológicas, pois quando há nevoeiro  diz-se logo que S. CRISTÓVÃO anda a coser o pão. É também, sinal de que a chuva pode chegar, dizendo o povo " Do MARÃO cá chegará ou não, do S.CRISTÓVÃO chove logo".

MATANÇA DO PORCO (Matação)

21.07.08, JORGE C RAMOS

A matança do porco realiza-se em pleno Inverno, no mês de Dezembro; é uma tradição enraizada nos meios rurais e esta Aldeia não foge à regra. O porco era comprado com alguns meses de antecedência, e durante esse tempo era-lhe dado alimento para que atingisse o maior peso possível.

Era a forma que as pessoas encontravam para que pudessem ter carne para todo o ano, e praticamente todas as partes do porco eram aproveitadas. Após a matança, o porco é dividido em pequenas partes (desmancha) e depois algumas são conservadas na salgadeira, cobertas de sal. As tripas eram lavadas para depois serem utilizadas no fabrico dos salpicões e das moiras que, após serem secos ao fumo, eram também guardados na salgadeira, não estando em contacto directo com o sal.